Análise das causas da violência na adolescência e infância, sua prevenção e tratamento
Palestra realizada no NABEM - Núcleo Assistencial Bezerra de Menezes
em 27 de Maio de 2012, baseada em capítulo homônimo do livro S.O.S. Família, psicografia do Espírito Benedita Fernandes por Divaldo P. Franco.
em 27 de Maio de 2012, baseada em capítulo homônimo do livro S.O.S. Família, psicografia do Espírito Benedita Fernandes por Divaldo P. Franco.
ALIENAÇÃO INFANTO-JUVENIL E EDUCAÇÃO
O surto das alienações mentais infanto-juvenil, num crescendo assustador, deve reunir-nos todos em torno do problema urgente, a fim de que sejam tomadas providências saneadoras dessa cruel pandemia.
Nas sórdidas favelas, onde os fatores criminógenos se desenvolvem com facilidade e morbidez; nos agrupamentos escolares, nos quais enxameiam os problemas de relacionamento sem ética, sem estruturação moral; nas famílias em desagregação por distonias emocionais dos pais, egoístas e arbitrários; nas ruas e praças desportivas, em razão da indiferença dos adultos e dos exemplos perniciosos por eles praticados, as drogas, o sexo, a violência, induzem crianças e jovens ao martírio da alienação mental e do suicídio.
Desamados, quanto indesejados, passam pelas avenidas do mundo esses seres desamparados, objeto de promoção de homens ambiciosos e sem escrúpulos, que deles fazem bandeira de autopromoção e sensibílização das massas, esquecendo-os logo depois de atingidas as metas que perseguem.
Pululam, também, essas vítimas das atuais desvairadas cultura e tecnologia, nos lares ricos e confortáveis de onde o amor se evadiu, substituído pela indiferença e permissividade com que compensam o dever, enganando a coração infantil que emurchece com as terríveis decepções antes do tempo.
Ao lado de todos esses fatores psicossociais, econômicos e morais, destacam-se os espirituais, que decorrem dos vínculos reencarnacionistas que imanam esses Espíritos em recomeço àqueloutros que lhes sofreram danos, prejuízos e acerbas aflições pretéritas, de que não se liberaram.
As disciplinas que estudam a psique, seguramente, penetram na anterioridade do ser ao berço, identificando, na reencarnação, os mecanismos desencadeadores das alienações, seja através dos processos orgânicos e psíquicos ou mediante os conúbios obsessivos.
A obsessão irrompe em toda parte, na condição de chaga aberta no organismo social, convidando as mentes humanas à reflexão.
Desatentos e irrequietos, os homens avançam sem rumo, distanciados ainda de responsabilidades e valores Morais.
Urge que a educação assuma o seu papel no organismo social da Terra sofrida destes dias. Educação, porém, no seu sentido profundo, integral, de conhecimento, experiência, hábitos e fé racional. Estruturando o homem nos seus equipamentos de Espírito, perispírito e corpo, nele fixando os valores éticos de cuja utilização se enriqueça, conscientizando-se de sua realidade externa e vivendo de forma consentânea com as finalidades da existência terrena, que o levará de retorno à Pátria de origem em clima de paz.
Não se pode lograr êxito, na área da saúde mental como na da felicidade humana, utilizando-se um comportamento que estuda os efeitos sem remontar às causas, erradicando-as em definitivo. Para tanto, é fundamental que o lar se transforme num santuário e a escola dê prosseguimento nobre à estrutura familiar, preparando o educando para a vida social.
Herdeiros de guerras cruéis, remotas e recentes, de crimes contra a Humanidade e o indivíduo, os reencarnantes atuais estão atados a penosas dívidas, que o amor e o Evangelho devem resgatar, alterando o comportamento da família e da sociedade, assim poupando o futuro de danos inimagináveis.
Tarefa superior, a da educação consciente e responsável !
Nesse sentido; o conhecimento do Espiritismo, que leva o homem a uma vivência coerente com a dignidade, é a terapia preventiva como curadora para os males que ora afligem a quase todos e, em especial, estiolando a vida infanto-juvenil que surge risonha sendo jogada nas tribulações e misérias para as quais ainda não se encontra preparada, nem tem condições de compreender, assumindo, antes do tempo, comportamentos adultos, alucinados e infelizes.
Voltemo-nos para a infância e a juventude e leguemo-lhes segurança moral e amor, mediante os exemplos de equilíbrio e de paz, indispensáveis à felicidade deles e de todos nós, herdeiros que somos das próprias ações.
S.O.S. Família, psicografia do Espírito Benedita Fernandes por Divaldo P. Franco.
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